

A viagem foi longa mas animada (o stock de cerveja disponível a bordo era simplesmente impressionante! O stock de simpatia dos pescadores não o era menos!). As magníficas paisagens, talvez o melhor sinónimo para o termo fjord, também ajudaram. Cinco horas depois de termos largado as amarras no porto de Narvik (a saída de Narvik foi documentada fotograficamente pela Pocket Instamatic 200- foto ao lado), e à luz do sol da meia-noite, avistámos finalmente Svolvær. A primeira impressão foi a de um pequeno aglomerado de casas de madeira pintadas de vermleho-ocre, com uma igreja (branca, diga-se) situada num pequeno promontório a dominar. Despedimo-nos dos pescadores e, dado o adiantado da hora, fomos procurar "albergue", o que, seguindo a tradição, significou iniciar uma busca por um sítio abrigado na natureza das ilhas. Descobrimos uma praia, onde assentámos arraiais (Que frio!...).
No dia seguinte, e depois de termos comprado alguns mantimentos (leia-se bolachas e leite, pois não havia dinheiro para mais), sentámo-nos num banco da praça central da cidade, um pequeno mas agradável espaço urbano. Enquanto saboreávamos o parco pequeno-almoço, fomos abordados por um habitante local, avançado na idade, como a longa barba branca deixava perceber. Num inglês perfeito, a pergunta do costume: "Hi, where are you from?". "Italia", respondeu a Mara; "Österreich", disse a Gabrielle; "Portugal", respondi eu...
- "Portugal?!? Ilévu? Gafana?".
- Yes. Portugal?!?
- "Ilévu? Gafana?", insistia o indígena. "Bacálau!".
Fez-se luz...
- Ílhavo e Gafanha!
Fui encontrar nas Lofoten um norueguês que tinha estado em Ílhavo e na Gafanha. Tinha sido pescador e esteve ligado à pesca do bacalhau.
Recentemente, vi uma reportagem da TV que falava de três portugueses, todos eles ilhavenses, que estão nas Lofoten a trabalhar. O bacalhau continua a ser o elo de ligação entre paragens tão distantes.
www.lofoten-startside.no/index.htmwww.svolvaer.net/
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