segunda-feira, 17 de novembro de 2014

'Veículos'...

'Anna L.'. Este era o nome do ferry que serviu para cobrir os 74 km de Egeu que separam Rafina (Ραφήνα), na região da Ática, de Gavrio (Γαύριο), na ilha de Andros,


O 'Anna L' tresandava a óleo! Para além do calor abrasador que se fazia sentir durante a travessia, o cheiro característico do óleo de motor foi nota dominante... Mas foi o oleoso 'Anna L.' que me levou até à então quase desconhecida (turisticamente falando) ilha de Andros. Se havia injustiça na marginalização turística da ilha, abundante em paisagens magníficas, tal era, simultaneamente, garantia de que quem passasse por Andros naquela altura podia apreciar 'pedaços' genuínos da Grécia insular e das suas gentes. Hoje, apesar de continuar a não poder ser comparada com destinos como a ilha vizinha de Mykonos, tudo se modificou. Há quase 80 estabelecimentos hoteleiros na ilha (segundo o booking.com )!
Voltando ao 'Anna L.'... 

O 'Anna L.' no porto de Rafína

O autor destas linhas a bordo do 'Anna L.'

Andros: o monumento ao 'marinheiro desaparecido (não tenho a certeza de ser esta a melhor tradução de 'αφανής ναύτης', mas a ideia é essa), obra do escultor Michalis Tompros, erigida nos anos 50.

Dia 14 de Agosto de 1980... 247 dracmas.
'Anna L.'... L. de quê?

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Marioara...


Em Bistriţa (Roménia), Agosto de 1978. Usufruindo da hospitalidade da família Balan e do acesso livre aos pomares (ameixas...) colectivos existentes na cidade.



'Usufruindo' de um dos 'hobbies' da  Marioara Balan,.. ainda hoje perdura numa parede de uma casa em Águeda.



segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Flecha vermelha...

Mais de dois anos depois do último 'post', regresso a este espaço para dar conta de mais um ano de 'comemorações', as quais, desta feita, tiveram lugar em terras russas. mais propriamente nas duas maiores cidades daquele país, Moscovo e Leningrado (continuo a preferir esta designação do que a actual e czarista S. Petersburgo). Um ponto alto das 'comemorações'? A fantástica viagem nocturna entre as duas metrópoles! Para tornar inesquecível a viagem, os mais de 700 km de linha férrea foram percorridos no histórico comboio Кра́сная стрела́ (Krasnaia Strela), Flecha Vermelha, uma espécie de entidade mítica dos caminhos de ferro internacionais. 

Uma das carruagens do Кра́сная стрела́

De facto, o comboio tem uma história longa e notável. Fez a sua primeira viagem em 1931 e, desde então, tem vindo a percorrer diariamente, sem interrupção (se exceptuarmos o período de 1941 a 1943), a Oktoberskaya, ou seja, a linha que liga Moscovo a Leningrad. Saída às 23.55 da estação moscovita Leningradsky Vokzal, ao som da canção '
Moskva' de Oleg Gazmanov (https://www.youtube.com/watch?v=Sqru7PH1CFs), chegada às 7.55 a Moskovsky Vokzal em Leningrad, ao som do 'Hino à Grande Cidade', obra de Reinhold Gliére (https://www.youtube.com/watch?v=usHFC_qW7d4). O compartimento, com capacidade para duas pessoas, era decorado de uma maneira que dá maior vigor a percepções como a de que 'mais vale uma imagem do que mil palavras'. 

Às 6 da manhã,  a assistente de bordo bate à porta e serve o pequeno almoço… bem variado (até laranjas de Valência, não obstante o embargo russo à importação de fruta da UE). Kolpino, nome guardado na memória de leituras passadas sobre o cerco nazi a Leningrado (1941-1943), localidade historicamente marcada por ter sido uma das frentes de batalha. 
Sinal de que o destino final do Кра́сная стрела́ estava próximo...

Chegada à Moskovsky Vokzal (Leningrad)

 
Moscovo...
Leningrad...