Eu imitava (ou, melhor dizendo, tentava imitar) o grande Demetrio Stratos na introdução vocal (acompanhada por uma coisa parecida com um instrumento basco chamado txalaparta ou um romeno chamado toaca; ver video em http://www.youtube.com/watch?v=T2RvkrZuE9I) que antecedia o poderoso "Col pottere delle cose, posso avere la tua vita controllata e si chiama libertá..."). Esta introdução era cantada em grego, pelo que o máximo que eu conseguia consistia numa reles aproximação fonética: "Anoreksiá, ti megalo fere remuto", por exemplo. Porém, o poder da música estava bem patente! De facto, numa das sessões de canto, duas idosas locais que passavam no caminho que se abria ao longo da praia, mal ouviram a tal "aproximação fonética" começaram a esbracejar e a vociferar como se fosse o fim do mundo. Não se percebia nada do que diziam... era, no entanto, fácil concluir que as duas mulheres estavam furiosas.
Só mais tarde descobri porquê de tal reacção. A inocente aproximação fonética era tão pouco eficaz que algumas das palavras de Stratos se transformaram em palavrões gregos da "pesada"... Aqui fica a tradução italiana do grego original (facilmente se constata que dela não consta qualquer vernáculo):
"Sonno, tu che porti via i bambini, portami via anche questo; te l'ho consegnato piccolo piccolo riportamelo grande grande come una montagna slanciato come un cipresso che domini da est a ovest".
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