Por 2,50 Lei fui ao cinema em Bistriţa. Não me lembro do título do filme. Era de um cineasta romeno, (do qual o nome também me escapa...), famoso devido aos seus retratos neo-realistas da vida do dia a dia no país do Ceaucescu. terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Cinema...
Por 2,50 Lei fui ao cinema em Bistriţa. Não me lembro do título do filme. Era de um cineasta romeno, (do qual o nome também me escapa...), famoso devido aos seus retratos neo-realistas da vida do dia a dia no país do Ceaucescu. Mais uma do sol da meia noite e a Kodak Instamatic Pocket 200
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Anne Frank...
Um dos grandes 'desígnios' da minha primeira visita a Amesterdão consistia em visitar visitar o número 267 da Prinsengracht, o edifício onde Anne Frank e outras sete pessoas se esconderam da perseguição nazi de Junho de 1942 até Agosto de 1944, altura da sua prisão. Tinha lido há pouco tempo o livro, e foi impressionante percorrer os estreitos corredores, aceder aos quartos do esconderijo através de passagens secretas ou olhar para objectos pertencentes a Anne Frank, tão pormenorizadamente descritos no Diário.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Uma discoteca em Helsínquia...
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Eirol simbólico...
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Fumos, forints e coroas...


quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Bologna, Agosto de 1980...

terça-feira, 23 de setembro de 2008
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Para lá da 'cortina de ferro'... um salto furtivo
mudaram o panorama geopolítico da Europa no final da década de 80, o 'Oeste' do 'Leste'. As águas acastanhadas materializavam o metafórico e muito utilizado conceito de 'cortina de ferro'. Passar a 'cortina' para o 'lado de lá' fazia parte do imaginário dos viajantes que viviam do 'lado de cá'.
Mesmo à mão de semear, uma velha ponte (encerrada há muitos anos) ligava a Áustria à então Checoslováquia. A metade verde pertencia ao 'lado de cá', a metade castanha, ao 'lado de lá'. Curiosamente, apesar de não haver qualquer posto fronteiriço, não se vislumbravam grandes barreiras no tabuleiro, sendo no entanto visível algum aparato de vigilância a alguns metros da margem.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Impressões de um puto de 17 anos nos domínios do Sr. Ceausescu...


Para ficar mais de 12 horas na casa de amigos, era preciso pedir autorização à delegação do PC romeno. Estive mais de 72 horas na 'clandestinidade' em casa de amigos!
A qualidade de vida das populações na aldeia rural de Romuli impressionou-me pela positiva!
A caça era proibida (ou pelo menos 'desaconselhada') mas o Nicolae Ceaucescu tinha uma reserva de caça só para ele e amigos.
O culto da personalidade era enorme, como se podia constatar em sítios variados, da Praça 21 de Dezembro de 1969 ao Boulevardul Bratanu... em cada poste de iluminação um cartaz de Ceausescu...
A língua romena soava como uma mistura de português com búlgaro e turco, denotando as suas raízes latinas e a influência dos eslavos e otomanos. De "Casa de Cultura" ou "Nu calcati iarbă" (leia-se nu calcatsi iarbâ, não calcar a relva), a "Mulţumesc" (leia-se multsumesc, obrigado).
Da Roménia vinham instrumentos musicais com uma sonoridade absolutamente fabulosa, com particular destaque para o nai, o tambal ou o cimpoi (ver, por exemplo, www.eliznik.org.uk/RomaniaMusic/).
A quantidade de sais minerais das águas do Mar Negro era de tal ordem, que só com grande esforço alguém se conseguiria afogar... não derivasse o nome da coloração escura que esses sais minerais dão à água.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Festividades...
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Ilévu e Gafana...
"Para onde vamos agora?". Esta foi a pergunta que os elementos do grupo formado na sequência do episódio da igreja que serviu de hotel em Narvik (eu, a austríaca Gabrielle, os alemães Jochen e Dietmar e a italiana Mara) sentiram necessidade de responder logo após uma excursão frustrada ao Cabo Norte (frustrada porque depois de cinco horas de autocarro entre Narvik e Tromsø decidimos voltar para trás no dia seguinte - dormimos à porta da fantástica obra de arquitectura que é a 'Catedral do Árctico", ( http://www.destinasjontromso.no/). Encontrar uma resposta que merecesse unanimidade era difícil. Dificílimo até, se considerarmos que a única linha ferroviária com saída de Narvik nos levaria de novo até Kiruna na Suécia. Resultado: o grupo desfez-se. Os alemães escolheram a hipótese Kiruna; eu, a austríaca e a italiana 'desenhámos' alternativas: ou a boleia 'rodoviária' para sul, ou o Mar da Gronelândia. Prevaleceu a hipótese do 'caminho marítimo'. O trio, ao fim da tarde, dirigiu-se para o porto da cidade. O ferry 'oficial', para além de ser carote, só partia no dia seguinte. Usufruindo do elemento "facilitador" de comunicação que eram as enormes mochilas que transportávamos às costas ("Where are you from?", etc.), conseguimos apanhar boleia num barco de pescadores até ao arquipélago das Lofoten, mais especificamente para a cidade mais importante das ilhas, chamada Svolvær (uma nota para referir que actualmente, as barreiras de acessibilidade que faziam de Narvik, das Lofoten ou de Tromsø lugares remotos já não se põem; por exemplo, em 2007, foi inaugurada uma ligação rodoviária entre Narvik e S
volvær (LOFAST- Lofotens fastlandsforbindelse).www.svolvaer.net/
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Maledetti!!!

Eu imitava (ou, melhor dizendo, tentava imitar) o grande Demetrio Stratos na introdução vocal (acompanhada por uma coisa parecida com um instrumento basco chamado txalaparta ou um romeno chamado toaca; ver video em http://www.youtube.com/watch?v=T2RvkrZuE9I) que antecedia o poderoso "Col pottere delle cose, posso avere la tua vita controllata e si chiama libertá..."). Esta introdução era cantada em grego, pelo que o máximo que eu conseguia consistia numa reles aproximação fonética: "Anoreksiá, ti megalo fere remuto", por exemplo. Porém, o poder da música estava bem patente! De facto, numa das sessões de canto, duas idosas locais que passavam no caminho que se abria ao longo da praia, mal ouviram a tal "aproximação fonética" começaram a esbracejar e a vociferar como se fosse o fim do mundo. Não se percebia nada do que diziam... era, no entanto, fácil concluir que as duas mulheres estavam furiosas.
Só mais tarde descobri porquê de tal reacção. A inocente aproximação fonética era tão pouco eficaz que algumas das palavras de Stratos se transformaram em palavrões gregos da "pesada"... Aqui fica a tradução italiana do grego original (facilmente se constata que dela não consta qualquer vernáculo):
"Sonno, tu che porti via i bambini, portami via anche questo; te l'ho consegnato piccolo piccolo riportamelo grande grande come una montagna slanciato come un cipresso che domini da est a ovest".
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Polska?
*Aikataulut = horáriossegunda-feira, 2 de junho de 2008
O sol da meia noite e a Kodak Instamatic Pocket 200
Esta fotografia foi tirada em Rovaniemi, a capital da Lapónia finlandesa, cerca da meia-noite. Mais do que a estranheza sentida por um miúdo do sul da Europa, a admiração pela capacidade de "capturar" o ambiente do "estate" nórdico (perdoem-me a imodéstia...), de todo inesperada devido ao material fotográfico utilizado: a rudimentar, simples e nem sempre eficaz Kodak Instamatic Pocket 200!
Ver pormenores emquarta-feira, 28 de maio de 2008
Zeca Afonso, Garibaldi...
Ao dobrar de uma esquina, bem no centro de Pisa e perto da praça que homenageia o "Herói dos Dois Mundos", como Giuseppe Garibaldi é frequentemente denominado (dos dois Mundos devido à sua acção em Itália e na América do Sul, onde, por exemplo, comandou o movimento que conduziria à independência do Uruguai). Um concerto de um outro género de "herói" (duvido que o Zeca gostasse desta etiqueta), que tive o gosto de conhecer e privar uns anos mais tarde em Lisboa.Apesar da entrada livre e do gosto pela música de José Afonso (ed il suo gruppo) não fui à Marina de Pisa ver o concerto... cheguei à cidade italiana no dia seguinte...
terça-feira, 27 de maio de 2008
Lá para os lados do Pólo Norte (I)...
Adormeci, na “ressaca” da longa e lenta viagem que me tinha trazido da cidade de Kiruna (“perdiz branca” na língua do povo Sami, ver http://www.kiruna.se/ ), na Suécia, até Narvik. Não estranhei (tal o hábito...) que dois polícias, delicadamente diga-se, acordassem quem dormia no chão da “togstasjonen” (uns seis viajantes) e os expulsassem do recinto, justificando-se com o encerramento da estação até às 6 da manhã. Saímos ordeiramente (outra coisa não seria esperar tal a”macieza” dos homens da “Politi”) e, enquanto a meia dúzia de “desalojados” procurava um qualquer outro local para pernoitar, um homem de pequena estatura, nos seus 60 e tal anos, vestido de preto, meteu conversa com o grupo. O seu inglês não era o mais perfeito. Eram quase duas da manhã. A nossa reacção não foi a melhor. O que é que o tipo quer? Não tardámos a descobrir (e a arrependermo-nos da fria recepção). Era um pastor luterano que muito simplesmente nos convidava a passar a noite no interior da sua pequena igreja, um edifício antigo, construido em madeira, situado próximo da estação. Aceitámos de bom grado. A convite do pastor, entrámos na nave. As poucas e pouco intensas fontes de luz que (mal) iluminavam o local e o mantinham numa “temperatura de cor” cheia de dramatismo nórdico, permitiram, no entanto, descortinar uma mistura de mochilas e de corpos espalhada pela dezena de bancos corridos que preenchiam quase por completo o interior da igreja. A lotação do “InterRail Lodge” em que a igreja se transformara ficou esgotada com a chegada dos seis hóspedes tardios.
Dormi bem… até que acordei ao som de uma voz feminina (não sei quem era a senhora… muito provavelmente a esposa do pastor) que, apesar das palavras em norueguês, conseguiu levar alemães, italianos, austríacos, dinamarqueses, americanos, ingleses (e um português…) para um anexo onde nos esperavam travessas cheias de croissants, compotas, café, leite e sumos! Para quem não comia decentemente há semanas, foi o paraíso!Depois da reconfortante refeição matinal, começou a exploração de Narvik (http://www.narvikinfo.no/ ). Apesar da beleza da cidade e, particularmente, da sua envolvente natural, nada se tornaria tão marcante como a simpatia dos dois noruegueses.


